Tratamento da depressão - Psicóloga Carolline Miksoz

Depressão é uma síndrome psíquica caracterizada por desanimo e sentimentos de melancolia, irritação ou temor, que pode ter origem espontânea ou ser desencadeada por inúmeros fatores orgânicos ou situacionais/ambientais. Os sintomas devem ser considerados duradouros ou persistentes para se fazer o diagnóstico da síndrome depressiva e diferencia-la de reações passageiras induzidas por estresse.

Sintomas principais

  • Desânimo ou falta de prazer
  • Humor deprimido: melancolia, irritabilidade ou temor em combinação variável.

Sintomas associados

  • Distúrbios do sono
  • Distúrbios do apetite
  • Fadiga física
  • Prejuízos da concentração e da memória, indecisão.
  • Lentificação da fala ou do comportamento
  • Pensamentos negativistas
  • Ideias ou desejo de morte

Considerada o problema psiquiátrico que mais leva pessoas a buscar atendimento médico, a depressão tem hoje uma posição destacada como preocupação de saúde pública, seja por sua freqüência, seja por sua relação com a ocorrência de outras doenças como as cardiovasculares. Não há causa conhecida para a maioria dos casos, porém doenças físicas como derrames, diabetes, doenças da tireóide ou exposição a estresse prolongado podem desencadear quadros depressivos. Hipotetiza-se que para que ocorra depressão clínica haja comprometimento de certas funções cerebrais associadas à desregulação de neurotransmissores e disfunção de sistemas reguladores associados a eles.

Considera-se que uma pessoa está acometida de um quadro depressivo quando apresenta, de forma persistente, sintomas como desânimo, falta de prazer e humor deprimido (sentimentos de tristeza, irritação, ansiedade ou uma mistura destes) freqüentemente manifesto por uma maior sensibilidade ao estresse. Acompanhando estes sintomas, que são vistos como os principais, podem ocorrer alterações do sono, do apetite, prejuízo da energia física, dificuldades de atenção e memória, pensamentos negativos ou mesmo de morte. Quanto mais grave o quadro depressivo, maior o número de sintomas e mais incapaz o paciente de lidar com suas rotinas, podendo mesmo haver incapacidade de cuidados pessoais ou risco de suicídio. Na maior parte dos casos, porém, a depressão não evolui de forma grave, sendo que os pacientes são percebidos apenas por seu nervosismo mais freqüente ou por moderado desanimo, com raros momentos de bem estar. A maioria dos pacientes consegue continuar trabalhando ou cumprindo suas tarefas diárias, apesar de fazê-lo com mais esforço e pior rendimento. Quadros depressivos podem ser agudos, instalando-se em sua totalidade de sintomas em poucas semanas. Tendem a se manterem intensos por poucos meses e evoluir para melhora progressivamente. Infelizmente, a maioria dos casos não termina com recuperação espontânea total (o que ocorre completamente em apenas 30% dos casos), restando no final um resíduo crônico como certa vulnerabilidade aumentada ao estresse, leve desânimo ou insônia. Existem, porém, quadros crônicos desde seu início, que se prolongam por anos a fio, com melhoras pouco significativas que apenas ocorrem para serem seguidas de reintensificação. São de natureza leve ou moderada, se desenvolvem de forma insidiosa ou surgem como resíduo de um quadro depressivo agudo, sendo provavelmente a forma mais comumente apresentada por portadores de depressão. Pacientes portadores de quadros depressivos podem apresentar sintomas ansiosos específicos como fobias ou ataques de pânico esporádicos, que desaparecem à medida que a depressão melhora. A pressão arterial pode elevar-se de forma variável ou constante e seu controle pode ser difícil sem o tratamento da depressão. Há hoje inúmeras evidencias de que a depressão aumenta o risco para infarto do miocárdio e isquemias cerebrais. Estima-se que até 5 % das pessoas em qualquer comunidade apresentem depressão significativa, sendo que 20% das pessoas devem desenvolver a síndrome pelo menos uma vez ao longo da vida. É óbvia, portanto, a sua importância epidemiológica.

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