Drogas

Tratamento da dependência química - Psicóloga Carolline Miksoz

CRACK

Princípio ativo

O crack é uma mistura de cocaína em forma de pasta não refinada com bicarbonato de sódio. Recebeu este nome porque faz um pequeno estalo na combustão quando fumado. Mais barato que a cocaína, produz um efeito forte que dura muito pouco tempo, aumentando o consumo rapidamente e encarecendo a dependência. Esta droga se apresenta na forma de pequenas pedras e pode ser até cinco vezes mais potente do que a cocaína. O efeito do crack dura, em média, dez minutos.

Sua principal forma de consumo é a inalação da fumaça produzida pela queima da pedra. É necessário o auxílio de algum objeto como um cachimbo para consumir a droga, muitos desses feitos artesanalmente com o auxílio de latas, pequenas garrafas plásticas e canudos ou canetas. Os pulmões conseguem absorver quase 100% do crack inalado.

Efeitos

Os efeitos produzidos no usuário são basicamente iguais ao da cocaína, porém muito mais intensos. Os primeiros efeitos do crack são uma euforia plena que desaparece repentinamente depois de um curto espaço de tempo, sendo seguida por uma grande e profunda depressão. Por causa da rapidez do efeito, o usuário consome novas doses para voltar a sentir uma nova euforia e sair do estado depressivo.

O crack também provoca hiperatividade, insônia, perda da sensação de cansaço, perda de apetite e conseqüente perda de peso e desnutrição. Com o tempo e uso constante da droga, aparecem um cansaço intenso, uma forte depressão e desinteresse sexual.

Os usuários de crack apresentam um comportamento violento, são facilmente irritáveis. Tremores, paranóia e desconfiança também são causadas pela droga. Normalmente, os usuários têm os lábios, a língua e a garganta queimadas por causa da forma de consumo da substância. Apresentam também problemas no sistema respiratório como congestão nasal, tosse, expectoração de muco preto e sérios danos nos pulmões.

O uso mais contínuo da droga pode causar ataque cardíaco e derrame cerebral graças a um considerável aumento da pressão arterial. Contrações no peito seguidas de convulsões e coma também são causadas pelo consumo excessivo da droga.

ECSTASY

Princípio ativo

O princípio ativo do ecstasy é o mesmo do LSD, a Metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Sua forma de consumo é por via oral, através da ingestão de um comprimido. Os usuários normalmente consomem o ecstasy com bebidas alcoólicas, o que intensifica ainda mais o efeito e agrava os riscos.

Efeitos

Os principais efeitos do ecstasy são uma euforia e um bem-estar intensos, que chegam a durar 10 horas. A droga age no cérebro aumentando a concentração de duas substâncias: a dopamina, que alivia as dores, e a serotonina, que está ligada a sensações amorosas. Por isso, a pessoa sob efeito de ecstasy fica muito sociável, com uma vontade incontrolável de conversar e até de ter contato físico com as pessoas. O ecstasy provoca também alucinações.

Os malefícios causados pela droga ao corpo do usuário são ressecamento da boca, perda de apetite, náuseas, coceiras, reações musculares como câimbras, contrações oculares, espasmo do maxilar, fadiga, depressão, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, movimentos descontrolados de vários membros do corpo como os braços e as pernas, crises bulímicas e insônia.

A principal causa de óbitos dos consumidores da droga é o aumento da temperatura corpórea que ele provoca no usuário. A droga causa um descontrole da pressão sangüínea, que pode provocar febres de até 42 graus. A febre leva a uma intensa desidratação que pode causar a morte do usuário do ecstasy. Associado a bebidas alcoólicas, o ecstasy pode provocar um choque cardiorrespiratório.

HEROÍNA

Princípio ativo

A heroína é uma variação da morfina, que por sua vez é uma variação do ópio, obtido de uma planta denominada Papoula. A designação química da heroína é diacetilmorfina. Seu efeito é 10 vezes mais potente que o das morfinas, daí o seu nome HEROÍNA; do alemão “heroich”, que significa “potente”, “energético”. A heroína se apresenta no estado sólido. Para ser consumida, ela é aquecida normalmente com o auxílio de uma colher onde a droga se transforma em liquido e fica pronta para ser injetada. O consumo da heroína pode ser diretamente pela veia, forma mais comum no ocidente, ou inalada, como é, normalmente, consumida no oriente.

Efeitos

A heroína é uma das mais prejudiciais drogas de que se tem notícia. Além de ser extremamente nociva ao corpo, a heroína causa rapidamente dependência química e psíquica. Da mesma forma que os opiácios, a heroína determina dependência física e psíquica, isto é, a sua retirada vai determinar a “síndrome de abstinência”. Ela age como um poderoso depressivo do sistema nervoso central. Logo após injetar a droga, o usuário fica em um estado sonolento, fora da realidade. Esse estado é conhecido como “cabeceio” ou “cabecear”. As pupilas ficam muito contraídas e as primeiras sensações são de euforia e conforto. Em seguida, o usuário entra em depressão profunda, o que o leva a buscar novas e maiores doses para conseguir repetir o efeito.Fisicamente, o usuário de heroína pode apresentar diversas complicações como surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas, coma e até a morte. No caso de ser consumida por meios injetáveis, pode causar necrose (morte dos tecidos) das veias. Isto dificulta o viciado a encontrar uma veia que ainda esteja em condições adequadas para poder injetar uma nova dose. O corpo fica desregulado deixando de produzir algumas substâncias vitais como a endorfina ou passando a produzir outras substâncias em demasia, como a noradrenalina que, em excesso, acelera os batimentos cardíacos e a respiração. O corpo perde também a capacidade de controlar sua temperatura causando calafrios constantes. O estômago e o intestino ficam completamente descontrolados causando constantes vômitos, diarréias e fortes dores abdominais. As manifestações físicas provocadas pela falta da heroína são náuseas, vômitos, pupilas dilatadas, sensibilidade à luz, elevação da pressão sangüínea e da temperatura, dores em todo corpo, insônia, crises de choro, tremores, diarréia, enfim, todos os sintomas da falta da morfina podem ser indicados. A dependência física é grande, isto é, o corpo passa a necessitar da droga para o seu funcionamento celular normal.

LSD

Princípio ativo

O nome LSD, ou LSD-25 é uma abreviatura de dietilamina do ácido lisérgico. O princípio ativo da droga é o MDMA, ou Metilenodioxometanfetamina, e apenas algumas frações de grama são necessárias para acarretar efeitos no ser humano; 0.05mg podem causar até 12 horas de alucinações.

O LSD é consumido normalmente por via oral. A droga se apresenta em cartelas subdivididas em “pontos”, que é, efetivamente, onde está o princípio ativo. Para se obter os efeitos da droga, esse “ponto” é ingerido pelo consumidor, ou simplesmente deixado embaixo da língua. Além de poder ser ingerido, o LSD pode ser também fumado, apesar dessa forma de consumo ser pouco comum.

Efeitos

O LSD é um alucinógeno e, portanto, produz distorções no funcionamento do cérebro. Os efeitos variam de acordo com o organismo que está ingerindo a droga e de acordo com o ambiente em que ela está sendo consumida. O usuário pode sentir euforia e excitação ou pânico e ilusões assustadoras.

A droga dá uma sensação de que tudo ao redor do usuário está sendo distorcido. As formas, cheiros, cores e situações, para a pessoa que está sob o efeito da droga, se alteram, criando ilusões e delírios, como paredes que escorrem, cores que podem ser ouvidas e mania de grandeza ou perseguição. Além disso, uma pessoa sob o efeito do LSD perde o juízo da realidade e com isso a capacidade de avaliar corretamente um situação qualquer, por mais simples que possa ser.

Por perder a noção da realidade, o usuário de LSD pode se julgar capaz de fazer coisas impossíveis como andar sobre as águas, produzir fogo ou mesmo voar. O LSD também causa um fenômeno chamado de “flashback”: o usuário, semanas ou meses sem consumir a droga, começa a sentir os efeitos da droga, como se tivesse acabado de consumi-la. Os flashbacks podem acontecer a qualquer momento.

No corpo, os efeitos do LSD são relativamente leves, aceleração de batimentos cardíacos, pupilas dilatadas e aumento do suor. Casos mais graves como convulsões podem ocorrer apesar de serem muito raros. O maior perigo do consumo de LSD não é, mesmo em doses mais fortes, de intoxicação física, mas suas conseqüências psíquicas.

MACONHA

Princípio ativo

A maconha é uma erva de nome científico Cannabis sativa que, dependendo das condições de cultivo, pode sintetizar uma porcentagem maior ou menor de uma substância denominada THC, ou tetrahidrocanabinol, que é a principal responsável pelos efeitos da droga no organismo humano. Droga mais consumida no mundo inteiro. De fácil identificação: (erva seca, picada, de coloração esverdeada). A forma de consumo varia desde a inalação de sua fumaça por meio de cigarro ou incensos. Pode ser também ingerida sob forma de chá ou comprimido. Os usuários fumam em cigarros feitos artesanalmente pelos próprios consumidores ou com a ajuda de objetos como cachimbos. Excitante de graves perturbações psíquicas e geralmente leva ao usuário a associar outro tipo de droga. É a porta de entrada de outras drogas.

Efeitos

Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, à concentração de THC na erva consumida e à reação do organismo do consumidor com a presença da droga. Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, fome exagerada, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 – 80 por minuto para 120 – 140 batidas por minuto). Com o uso contínuo, alguns órgãos como o pulmão passam a ser afetados mais seriamente pela maconha. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão, presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão. O consumo de maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino que é responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor e reduzindo a libido.

Os efeitos psíquicos são os mais variados. As sensações mais comuns são um bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção. Em um longo prazo, o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.

TABACO

Princípio ativo

A principal forma de consumo de tabaco é através do cigarro que contém, além da nicotina, um grande número de substâncias tóxicas como o alcatrão e o monóxido de carbono. Além do cigarro, o tabaco pode ser mascado e também aparece em pó, o rapé, que é aspirado pelo consumidor.

O tabaco é uma planta de nome científico Nicotiana tabacum. Dessa planta é extraída a nicotina que, junto com muitas outras substâncias, como o alcatrão e o monóxido de carbono, é responsável pelos malefícios do cigarro.

Efeitos

A nicotina age no sistema nervoso central e dá um pequeno estímulo no usuário. Apesar de ser um estimulante, a nicotina causa também relaxamento no consumidor, já que provoca a diminuição do tônus muscular. Outro efeito causado pelo consumo do tabaco é a perda de apetite.

A nicotina prejudica a digestão e causa também o aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e da freqüência respiratória; provoca tremores, insônia, náusea, diarréia, vômitos, cefaléia, tontura, fraqueza, dor no peito e traz sérios danos ao sistema respiratório, podendo causar doenças como a pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda diversas substâncias que podem causar câncer em diversas partes do corpo como a boca, esôfago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga.

A pessoa que pára de consumir tabaco bruscamente sofre de uma forte síndrome de abstinência – reações do corpo à falta da nicotina – que causa irritabilidade, agitação, tontura, insônia, dor de cabeça, prisão de ventre, sudorese, dificuldade de concentração e um desejo quase incontrolável de consumo do cigarro.

Na gravidez, o consumo do tabaco pode trazer sérias conseqüências ao feto, já que ele absorve, antes mesmo de nascer, as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Por causa disso, o feto pode nascer abaixo do peso e da estatura normais, além de haver o risco de alterações neurológicas consideráveis no futuro recém-nascido. Aborto espontâneo e complicações são riscos maiores entre gestantes que fumam. As substâncias tóxicas do cigarro aparecem também no leite materno de mães fumantes.

COCAÍNA

Princípio ativo

Alcalóide de ação estimulante, extraída das folhas de coca (arbusto encontrado na América do Sul). Sua aparência é assemelhada como um pó branco brilhoso, normalmente embalado em pequenos sacos plásticos, conhecidos como “sacolés” ou “papelotes”. Ingestão por: aspiração, fricção gengival, diluído e injetado.

Efeitos

Seu efeito é devastador, pois além de causar dependência, afeta o sistema nervoso central, deixando seqüelas no sistema límbico (que comanda as emoções) e no córtex (responsável pelas funções psíquicas) o que pode ocasionar alucinações no usuário.

Conseqüentemente altera toda a estrutura comportamental, uma vez que o dependente da droga, tende a mudar suas antigas amizades, por outras que facilitem um acesso mais fácil à droga, e desta forma passa a freqüentar locais como morros e favelas dominados pelo narcotráfico.

LANÇA PERFUME

Princípio ativo

Uma das substâncias do lança perfume é o Cloreto de Etilo, que pode causar lesões no sistema nervoso central. O lança perfume é usado sob a forma de embeber um pano com um pouco do líquido e colocá-lo na boca.

Efeitos

Um dos seus efeito mais notáveis é o aumento de humor, levando a risada incontroláveis e uma dificuldade imensa de se entender o que estão falando ao seu redor. A duração dos efeitos são bem rápidas não chegando há 10 minutos.

BÊ-Á-BÁ ANTIDROGAS

Álcool etílico – dependência do uso de bebidas, que leva à perturbação mental, afeta a saúde, compromete as relações individuais e o comportamento social e econômico, ou pródomos desta. As conseqüências do alcoolismo são catastróficas: acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, desestruturações familiares, distúrbios mentais desaguando no aumento da criminalidade e da violência, indo de pequenas brigas até cruéis assassinatos.

Anfetaminas – Utilizadas como moderadores de apetite, ou no tratamento da narcolepsia (doença do sono), levam seus usuários à dependência psicológica, tornando-os escravos de tal DROGA. Ex: pervitin, desbutal, inibex, dexedrina etc.

Barbitúricos – Drogas depressoras (calmantes benzodiazepínicos) como: gardenal, luminal, seconal, nembutal, somalium antidistônico, valium, lexotan, haldol, amplictil etc. O uso de tais medicamentos sem acompanhamento médico pode trazer conseqüências desastrosas.

Cigarro – Droga socialmente aceita, assim como o álcool etílico. A nicotina (droga estimulante) é uma das mais de 4.700 substâncias nocivas ao organismo encontradas na composição do tabaco (cigarros, cachimbos, charutos etc.).

Cocaína – Alcalóide de aspecto branco e cristalino extraído das folhas da planta de coca. O uso da cocaína faz o coração trabalhar incessantemente, dando para imaginar o que acontece com usuários que tenham história de doenças cardiovascular. “Não deixe sua vida transformar-se num PÓ”.

Crack – “Raspa do tacho” da cocaína, derivado químico desta, mais barato e mais potencializado. Apresenta-se na forma de pedrinhas que fazem mal do tamanho de uma montanha.

Ecstasy – Apresenta-se sob a forma de pílulas. A desidratação atinge quem fica dançando freneticamente sob o efeito da DROGA, desregulando o sistema diurético, chegando a hipertermia, na qual o metabolismo, acelerado eleva a temperatura corpórea para até 42ºc, cozinhando as células.

Heroína – Obtida em laboratório através de um derivado do ópio, sendo três vezes mais potencializados os seus efeitos do que a morfina, provocando uma altíssima dependência física e psicológica.

Inalantes – O princípio ativo de quase todos os inalantes (lança-perfume, cola de sapateiro etc.) é um componente químico volátil e com evaporação muito rápida. Os inalantes, uma vez utilizados, provocam depressão do sistema nervoso central, perda da consciência, deficiência imunológica, parada cardíaca chegando até a morte.

LSD – Droga sintética podendo ser facilmente produzida em laboratórios clandestinos. O LSD provoca efeitos psicodélicos fortes, alucinações e, mesmo em quantidades mínimas, pode provocar confusão mental. Sua distribuição está direcionada para pílulas minúsculas, ou embebida em tatuagens, selos de correspondência, pedacinhos de papel etc.

Maconha – O princípio ativo da maconha é o tetrahidrocanabinol (THC delta 9), que atua diretamente sobre o cérebro. É uma droga desmotivacional, ficando o usuário isolado pela introspecção, desintegrado socialmente, afetando assim o trabalho, os estudos e a família.

Morfina – Derivada do ópio, utilizada inicialmente como analgésico (uso médico), foi desviada para o tráfico ilícito em razão de sua ação narcótica.


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